Há um alívio legítimo em dar nome ao que sentimos. Diagnósticos podem possibilitar o cuidado, abrir portas e oferecer linguagem e sentido quando tudo está confuso. O risco começa quando o rótulo vira casa — confortável, mas sem janelas. Aos poucos, “sou assim por causa disso” escorrega de explicação para álibi, e a vida passa a girar em torno de uma etiqueta que dispensa o atravessamento que a mudança pede. Não é sobre negar nomes nem romantizar sofrimento; é sobre não confun