
Novos tempos, novas formas de nos relacionarmos na vida e no trabalho. A cada ano que passa, as mudanças tecnológicas, cientificas e culturais tem se acentuado, elas interferem umas nas outras em uma velocidade crescente.
Essas mudanças são difíceis de serem assimiladas pelas gerações mais antigas, pré-internet e isso gera um impasse que perpassa os valores morais e éticos, contribuindo para gerar conflitos entre as gerações pré e pós-internet.
A internet é um veículo de comunicação que permite a troca de informações imediatamente e sem filtragem ideológica, ela coloca os interlocutores em contato direto. Qualquer fato pode ser distribuído na rede instantaneamente e essa velocidade mudou como nos conhecemos e conhecemos o mundo. E ao realizar isso, mudou-nos, acelerou o tempo e transformou nosso futuro.
Essas mudanças têm estreita ligação com a sofisticação tecnológica e avanços científicos a que estamos expostos. Os meios de produção estão se transformando, aprimorando, e as pessoas que controlam, e manipulam a tecnologia também se transformaram.
É claro que as influências e variáveis são muitas, a incapacidade do capitalismo em dar sentido de vida as pessoas, que não conseguimos sanar mazelas como a fome e a má distribuição de renda, nos coloca em um dilema profundo enquanto espécie. Tudo que conseguimos fazer e construir, não mudou a vulnerabilidade e não supriu nem sequer nossas necessidades básicas enquanto espécie.
As novas gerações, mais sensíveis a esse contexto e se responsabilizando pelo destino da nossa espécie e do mundo que nos rodeia, se põem a analisar as instituições que sustentam o mundo como ele é.
Um dos fatores que estas novas gerações têm discutido profundamente é a função do trabalho em nossas vidas.
O trabalho tem um papel de realização pessoal e contribuição para com o mundo. Se o trabalho e a empresa em que este é realizado, não estão, íntima e profundamente, ligados a esse novo ideal de comprometimento com o trabalhador e com o mundo que o cerca, ela não tem dele, o trabalhador, seu comprometimento.
Isso pode ser visto na alta rotatividade a que as empresas de forma geral estão expostas e no desinteresse em colocações que tenham pouca possibilidade de criação e contribuições sociais.
Assim, o que as novas gerações comunica as instituições é que elas já não servem da forma em que estão estruturadas e que elas, as novas gerações não estão dispostas a serem moldadas.
Essas novas gerações pedem novas empresas, mais abertas e participativas, e acima de tudo que tenham um profundo interesse no desenvolvimento de seus colaboradores, e com o mundo que nos cerca, que assumam sua responsabilidade para com a transformação social.
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