
Gosto de escrever sobre as emoções, pois (sem novidade nenhuma) evidenciamos as dificuldades em reconhecê-las, nomeá-las e gerenciá-las
Escrevi em outras postagens sobre raiva, medo e tristeza. Hoje quero escrever sobre a alegria.
Primeiro, diferencio aqui a alegria (emoção genuína) de aparência feliz. No contexto social atual, a alegria na essência precisa ser reconhecida, porque pouco ou nada tem a ver com stores da moda.
Não há livro de autoajuda, receita… não há 10 leis da alegria. A alegria a gente sente! A alegria é expressão espontânea do que acalenta e impulsiona a alma.
Lembre da gargalha de um bebê… de um pôr do sol inesquecível… um dia de praia na infância… de reencontrar alguém de quem sentiu muita saudade. Você conhece a alegria! Ela toma conta do corpo.
Não podemos produzir alegria, não funciona assim. Podemos promover oportunidades que a provocam. Podemos viver a alegria. Ela é uma emoção, vem, nos toma, segundos, minutos… como um perfume, ela deixa a essência por um tempo, e vai diminuindo sua intensidade.
Um bebê nasce. Você conquista a casa própria. Iniciou o trabalho dos sonhos. Porque não ficou alegre o tempo todo!? Porque entre uma alegria e outra dessa fase, há momentos de foco, cansaço, medos. Ninguém é alegre. A gente sente alegrias.
A fantasia de “ser feliz”, nos rouba muitas alegrias. Cuidemos com essa ilusão. “Pessoas que SÃO felizes”, só existem em comercial de margarina. Na vida real estamos alegres, tristes, com medo, irritados, alegres de novo, e assim por diante.
Vai um conselho: nutra seu dia com coisas que você sabe que provocam alegrias. Não rejeite, jamais, nenhuma oportunidade de viver pequenas porções de alegrias.
Sorrir é o efeito da alegria.
Se você sorrindo pouco, é tempo de atrair borboletas. Não tem erro. Nunca vi uma única pessoa não sorrir diante delas 🌻🦋
A alegria é nutrição positiva. Merecemos acolher a alegria, sempre que ela vier, inclusive como subversão, em tempos como estes. Acolher a alegria é, também, ato político!
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