
A maioria das pessoas tem o costume de protelar ações que podem diminuir e muito, a tensão e o desconforto que possam estar vivenciando. Que está normalmente relacionada a dificuldades de dizer não, de colocar limite nas pessoas e situações que possam estar contribuindo ou gerando esse desconforto.
Isto acontece, ora pelo medo que temos das consequências do limite que possamos colocar, ora por pensarmos que não temos opções, ou mesmo por não conhecermos de forma suficientemente adequada nossos recursos e habilidades.
O resultado de não agirmos sobre situações que nos causam o desconforto e sofrimento, pode prolongar o mesmo, que vai minando a autoestima e construindo uma autoimagem distorcida, possibilitando a sensação de aprisionamento.
Ou seja, a pessoa sente não haver o que fazer, que tudo que possa ser feito não gerará uma solução minimamente adequada, amplificando assim o sofrimento. Essa sensação de ausência de possibilidade de solução, faz com que, por alguns mecanismos psicológicos de proteção do eu, se criem uma gama enorme de comportamentos compensatórios de evitação do sofrimento.
Estes comportamentos por serem compensatório nunca suprem a “real” necessidade da pessoa, criando uma espécie de “buraco” que nunca parece se preencher. Isso faz com que a pessoa tenha muita dificuldade para se ajustar de forma satisfatória.
As situações que vivenciamos no cotidiano e esta falta de atualização nas formas de nos relacionarmos com o mundo, podem gerar uma série de prejuízos, dos mais diversos níveis de influência neste contexto.
Então o que precisamos fazer no cotidiano para podermos nos relacionar de forma mais adequada as nossas necessidades, sem que prejudiquemos os relacionamentos que estabelecemos, é encontrarmos meios de comunicar nossas necessidades, considerando as necessidades alheias. Isto pode ser feito, sem que represente necessariamente o rompimento destas relações, exceto se isto for imprescindível para a saúde psíquica.
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