
Em tempos de internet onde a informação circula livremente e irrestrita, pelo menos em alguns países, onde o filtro é o produtor de informação. E cada pessoa se tornou uma criadora, propagadora e avaliadora de conteúdos.
São tempos de pensamento livre e de pouca confiabilidade de conteúdo, já que, qualquer um, independente de suas intenções, pode expressar e comunicar ao mundo o que pensa, defende e critica sobre absolutamente qualquer coisa.
É um momento crítico para instituições e empresas globalmente, pois a forma, como as relações são mediadas, esta mudando sensivelmente e em proporções inimagináveis. Me arrisco a dizer que a internet representa atualmente o que a revolução industrial representou no século XVIII.
O fato é que toda essa informação causa uma confusão sobre o que é confiável e considerado de credibilidade, tanto em termos oficiais (agências de notícias) como os meios não oficiais. O poder da contradição e fluxo massivo e colaborativo das informações informais, questionam os meios oficiais abertamente e muitas vezes “libertadora” em termos de direito a informação.
Para uma sociedade baseada no capital econômico de direito privado, ser empurrada para uma mudança onde o capital é a informação e os meios de controle não são tão eficientes quanto a restrição de acesso, como o é o capital econômico. Pode e está sendo catastrófico para as formas de controle social.
Desta forma, todas as instituições criadas, desenvolvidas e protegidas por este sistema experimentam a instabilidade gerada pelo fluxo de informações e a insegurança alimentada pelo mesmo.
A solução ainda parece distante e é certo que ela virá, não sem destruir ideias. E quanto mais rígidas as ideias, mais devastadora e sofrida será a mudança.
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