
Toda história é contada a partir, do filtro de quem a conta, de sua construção subjetiva. De tal modo que muitas vezes temos mais de quem conta do que de quem é “contado” em uma determinada história.
Isto acontece devido à impossibilidade, até onde se sabe, de sentirmos o que o outro sente, da forma que sente e na intensidade que sente.
A partir dessa reflexão poderíamos dizer que, muitos autores e pensadores já chegaram a essa conclusão, toda verdade é subjetiva e só encontra ressonância na construção subjetiva de cada pessoa. Mesmo se pensarmos a questão a partir das construções coletivas, culturais é individualmente quê significamos o que “experienciamos”. É esse processo de inter-relação entre o coletivo e o individual, onde o coletivo tenta se “perpetuar” e o individual “se libertar”, que avançamos e construímos um presente novo, que evoluímos enquanto sociedade.
Talvez com o tempo possamos construir uma forma de gerir as necessidades coletivas e individuais de uma forma menos conflitiva. E aí, sim, teremos uma era de “ouro” onde o coletivo não oprime e sim aceita e valoriza a sua própria multiplicidade em todas as suas nuances e intensidades.
A quem diga que as estratificações e o controle das forças sociais são necessárias para manter a integridade da sociedade e que sem esses mecanismos para manter as relações, a sociedade ruiria e se desintegraria. O fato é que essa forma de pensar apenas visa manter “o atual estado das coisas” (status quo) principalmente porque seu filtro subjetivo não lhes permite ver outras possibilidades. E elas existem, algum dia vislumbraremos realmente uma sociedade mais igualitária onde cada pessoal poderá encontrar o que a realiza e se “realizar”.
Para terminarmos, algumas palavras que devem ressoar e germinar para uma sociedade mais livre e inclusiva: respeito, compaixão, caridade, autenticidade, amor, diferenças, aceitação, e por aí vai, já pensou nisso?
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