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Corrupção: estamos dentro ou fora?

Foto do escritor: João André RodriguesJoão André Rodrigues


O que se pode dizer sobre os infindáveis casos de corrupção que vemos de tempos em tempos nos meios de comunicação e que tanto servem de assunto nos botecos, padarias, cozinha da empresa, etc.


Nestes momentos nos sentimos incapazes de entender a cadeia relacional que está intrínseca a este processo, ficamos horrorizados e julgamos. Olhamos, então, a classe politica com desconfiança, afinal “o poder corrompe”, e assim passamos horas e dias discutindo isso. Até que um dia algo novo acontece, um novo assunto, o cotidiano volta a nos entorpecer e como “a branca de neve” das histórias infantis, nós mordemos a maçã envenenada e caímos em um sono profundo esperando que “um príncipe encantado” venha nos salvar deste terrível destino. Então um novo príncipe se apresenta em sua armadura brilhante e de espada empunhada, valente, heroico e destemido nos promete salvação.



E de novo entregamos nosso destino em suas mãos e inevitavelmente este (a) bravo (a) cavaleiro (a) se transforma em nosso algoz, “outra bruxa que nos oferece uma maçã envenenada”. E de novo caímos em sono profundo à espera de um novo príncipe que nos salve de nosso “eterno destino de desamparo”.

Tem sido assim desde que me entendo por gente e pelo que ouço dos pais dos meus pais, e pais dos meus pais, isto é tão antigo que se confunde com a história da humanidade. Parece faltar-nos algo que apesar de obvio não percebemos, ou fingimos não perceber. O que seria?

Dado as complexidades de nosso atual estado de desenvolvimento e agrupamento social, optamos por um sistema representativo, onde outorgamos a alguém o direito de representar e ditar nossas “vontades, direitos e deveres” e este representante “incorpora” o poder de falar e deci


dir por nós.

Então se apresenta um problema. Sempre que se reconhece ou outorga uma qualidade nova a alguém, ou algo, cria-se uma nova realidade, uma nova fronteira onde “este” é reconhecido e se reconhece como diferente daqueles que lhe ofertaram esta condição. É uma fronteira que nos une e separa, simultaneamente, de nosso representante, é um problema que parece intransponível.

O que não é na realidade, existe um antídoto a este dilema.


A solução esta em eliminarmos esta fronteira ou pelo menos torná-la mais flexível para podermos estar ora dentro, próximo, e ora fora, possibilitando assim ao representante o parâmetro de pertencimento ao nosso lado da fronteira. E o mais importante, que a qualidade outorgada de representante é transitória e sustentada pelos representados, onde a fronteira é temporária.

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João André Rodrigues
Psicoteraputa
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